Como parte da série de palestras de quinta-feira, Jean Moomou, professor universitário de História Moderna e Contemporânea, dará uma palestra intitulada "Discordância da memória colonial na arena pública: os limites do pensamento decolonial". Organizada pela Comissão de Cultura da Universidade da Guiana e pelo laboratório MINEA, a palestra será realizada na quinta-feira, 24 de novembro de 2022, às 18h, no Amphithéâtre A.
O surgimento da "contramemória", observado a partir da década de 1970, certamente encontrou legitimidade na arena pública desde 1998, da mesma forma que os monumentos e odônimos que glorificam o período colonial. No entanto, ela deu origem à competição, à desconfiança e até mesmo ao conflito entre os responsáveis por essa lembrança. Além disso, a memória colonial e a "contramemória" foram acompanhadas por novas expressões de grupos socioculturais que vivem nesses territórios e que, às vezes, não têm vínculos diretos com a memória colonial ou entre si, e cujos intercâmbios muitas vezes permanecem difíceis. Atos de vandalismo em locais públicos são testemunhas disso.
Entretanto, essa apropriação ou reapropriação da memória pelos afrodescendentes, como elemento de construção da identidade, tem seus limites. O objetivo deste artigo é demonstrar isso.
Apresentação do palestrante
Jean Moomou tem doutorado em história e civilização pela École des Hautes Études en Sciences Sociales e é professor universitário de história moderna e contemporânea no INSPE, na Guiana Francesa, especializado no mundo amazônico e caribenho. Ele trabalha principalmente com as sociedades quilombolas das Américas, particularmente os quilombolas do Suriname (os Boni) e, mais recentemente, com as sociedades crioulas da Guiana Francesa e das Índias Ocidentais Francesas.