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Que rituais são necessários para uma educação na "natureza"?

Por 26/02/2024#!31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:001131#31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:00-12America/Cayenne3131America/Cayenne202431 12pm31pm-31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:0012America/Cayenne3131America/Cayenne2024312024sex, 12 jul 2024 12:27:11 -03002712277pmsexta-feira=448#!31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:00America/Cayenne7#julho 12th, 2024#!31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:001131#/31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:00-12America/Cayenne3131America/Cayenne202431#!31sex, 12 jul 2024 12:27:11 -0300-03:00America/Cayenne7#- Laboratórios, - MINEA6 leitura mínima
Quels rites pour une éducation à la « nature » ?

A Unidade de Pesquisa do MINEA, o CTG e o CACL têm o prazer de informá-lo sobre uma nova série de conferências, que nos dará a oportunidade de nos reunirmos uma vez por mês, às quintas-feiras, às 18h30min.

J esde agora até dezembro de 2025, pesquisadores do MINEA e de outros laboratórios na França e em outros países estarão explorando o tema dos ritos de passagem para a vida adulta, ou ritos sociais da puberdade (Van Gennep; Goguel d'Allondans; Lachance). Eles analisarão a maneira como a natureza é usada nesses ritos, por meio dos quais muitos povos ajudam os jovens a cruzar o limiar da infância. Em uma época em que estamos perdendo o contato com a natureza e as questões ambientais estão se tornando cada vez mais urgentes, veremos que o conhecimento natural transmitido durante esses ritos ajuda a "inserir" as pessoas na vida. Também tentaremos entender como esses ritos incentivaram (encorajaram?) a emancipação dos jovens e contribuíram para sua integração social. Duas coisas que podem parecer contraditórias hoje...

Essas conferências serão uma oportunidade para analisar a maneira como estamos "conectados", tanto com a natureza quanto com os jovens, aos quais às vezes deixamos de oferecer perspectivas de emancipação. Será que certos comportamentos antissociais, no sentido de Winnicott, não têm como objetivo encontrar as saídas que os adultos não oferecem aos jovens?

Para questionar o que está impedindo a emancipação de uma parcela da juventude contemporânea, refletiremos juntos sobre o que pode, ou poderia, facilitá-la. Esses debates se destinam a todos os interessados em jovens e profissionais que trabalham no cuidado e no apoio a crianças e adolescentes.

Com nossos parceiros do CTG e da CACL, que tornaram esse projeto possível, esperamos recebê-los na Université de Guyane para essas conferências, que são gratuitas e abertas a todos, até mesmo aos mais jovens!

Amnésia sociocultural sobre a natureza: que rituais para uma educação na "natureza"? Palestra de Mara SIERRA-JIMENEZ

Há vários anos, os relatórios internacionais da IPBES (Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos) vêm denunciando os perigos associados à extinção da biodiversidade, além de dois fenômenos sociais que levantam questões sobre a transformação da relação entre o homem e a natureza: Por um lado, a amnésia ambiental, na medida em que cada geração toma o estado degradado do meio ambiente ao seu redor como uma experiência normal; por outro lado, a extinção das experiências de encontros com a natureza, vividas de várias maneiras diferentes - por meio do conhecimento, das emoções, das sensações corporais etc. - e a perda de um senso de identidade.

Em nossa opinião, embora importantes, a amnésia ambiental e a extinção das experiências da natureza escondem outro grande problema, o da amnésia sociocultural da natureza, entendida aqui como o fenômeno do desaparecimento gradual das formas de se relacionar com a natureza por meio da perda de conhecimentos e relações socioculturais na educação sobre os seres vivos (Sierra-Jimenez, 2024). No decorrer de nossa conferência, discutiremos o lugar que o rito de passagem ocupa ou pode ocupar na educação para a natureza, ou melhor, na educação biocultural para a natureza, a fim de combater essa "perda" dos marcadores simbólicos que ligam os seres humanos a outros elementos naturais.

O rito de passagem pode ser visto como um processo educacional que permite não apenas a transmissão de conhecimentos e habilidades socioculturais (mitos, idiomas locais, práticas, artesanato, dança etc.), mas também o aprendizado de um modo de relacionamento afetivo e emocional com os componentes naturais. A natureza ocupa um lugar central na materialização do rito de passagem. Ela pode ser o centro, o cenário, o guia, o caminho, o confidente, o protetor ou o gatilho para uma mudança de status ou de participação em um grupo social. Nesse sentido, o rito de passagem, como uma experiência emocional e transformadora, parece-nos inteiramente relevante para ser questionado como uma prática educacional que ajuda jovens e adultos a construir sua identidade e cultura.

Sobre Mara SIERRA-JIMENEZ

Mara Sierra-Jimenez tem doutorado em geografia cultural. Sua pesquisa se concentra especialmente nas formas como os seres humanos se relacionam com a natureza e, mais especificamente, nas relações sensíveis e experienciais em práticas educacionais que envolvem seres vivos. Ela está desenvolvendo uma metodologia centrada em abordagens cartográficas sensíveis e experienciais, bem como na análise de relatos de experiências vividas na e com a natureza. Participou do projeto europeu REGREEN sobre educação para a natureza na França, Croácia e Dinamarca, e atualmente trabalha como pesquisadora de pós-doutorado no INRAE/Universidade de Bordeaux como parte do projeto "Tackling Global Change". Recentemente, ela contribuiu para o livro l'école face au défi écologique (ESF Sciences humaines, cahiers pédagogiques, a ser lançado) com : "Mais on ne peut pas avoir un relation avec une arbre" e "Art et sciences participatives à l'école".

  • SIERRA-JIMENEZ, M.,(2020). "Dessiner sa Guyane : les cartes mentales de jeunes du littoral". in: Atlas critique de la Guyane ; Chapitre 11 : Imaginer la Guyane par les cartes. Matthieu Noucher, Laurent Polidori (eds.), CNRS Éditions, Paris 2020, ISBN 978-2-271-13213-0
  • SIERRA-JIMENEZ, M., "Amnésie socio-culturelle de la nature et Rites de passage contemporains", em: Chapellon S., & Lachance, J. Devenir adulte au contact de la nature. Rites d'initiation d'hier et d'aujourd'hui en Guyane et ailleurs, Presses Université Laval (no prelo).
  • DESHAYES T., et al. Analyse narrative de " récits de nature " de jeunes Parisiennes et Fréjusiennes : approche sociolinguistique des expériences de nature ". Revue Langage et Société, no prelo
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