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pesquisa

Como parte do seminário "Borders, Circulations, Interculturalities and Human-Milieu Interactions", o LSH DFR, em colaboração com os laboratórios LEEISA e MINEA, está organizando uma conferência intitulada "Ambiguous symbolic borders. Festa dos mortos, patrimônio e violência no México". 

Ele será apresentado por Magali Demanget, antropóloga da Université Montpellier 3, na terça-feira, 4 de abril, das 18h às 20h, no F002.

Esta apresentação tomará como ponto de partida a discrepância observada no México entre a publicidade em torno dos "festivais indígenas dedicados aos mortos" promovidos pela UNESCO e a violência extrema que atualmente dilacera o país. A apresentação se baseará no trabalho de campo de Magali Demanget na Sierra Mazateca na última década para explorar as relações rituais forjadas durante essas celebrações entre os vivos e os mortos e a maneira como elas são encenadas para fins de patrimônio. A apresentação abordará tanto o estabelecimento de representações positivas da memória dos mortos, seja como patrimônio ou não, quanto o seu deslocamento, como visto em particular no caso dos "desaparecimentos forçados". Essa perspectiva nos levará a considerar a fronteira sob o ângulo de sua polissemia, sua espessura e sua dinâmica, e também de seu apagamento. A fronteira será considerada, por sua vez, como a passagem temporal irreversível da vida para a morte, como sua simbolização e como um limite categórico potencialmente cruzável entre os vivos e os mortos, como uma estrutura ritual capaz de circunscrever o espaço-tempo que permite essa passagem, ou como um limite simbólico mutável e maleável elaborado para fins de demarcação de identidade etnizada. Essa exploração também examinará as implicações de sua dissolução.

Algumas palavras sobre o palestrante:

Magali Demanget leciona antropologia na Universidade Paul Valéry e é membro da UMR Sens (Savoirs Environnement société). Sua pesquisa é realizada no México, onde ela está particularmente interessada nos processos envolvidos na transformação do xamanismo e do festival dos mortos em parte de nossa herança. Em 2022, ela publicou Le Commerce de la Chair des Dieux. Chamanisme et modernité en terres mazatèques, publicado pela Presses Universitaires de Rennes (coleção "Des Amériques"), e em 2015 co-editou com Carine Chavarochette e Olivier Givre o livro Faire Frontière(s). Raisons politiques et usages symboliques, publicado pela Karthala (coleção Hommes et Sociétés).

Crédito da foto : Sierra Mazateca, cemitério superior de Huautla, 2 de novembro de 2011, México © Magali Demanget

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